Um empresário, após alguns estudos preliminares, identificou uma possibilidade de
investimento cujo objecto consiste no aproveitamento de sucata de alumínio existente
em Portugal e aquela que se for produzindo anualmente, transformando-a em lingotes
de alumínio para utilizações diversas na indústria nacional.
Com os elementos já obtidos nesses estudos preliminares pretende saber se valerá a
pena prosseguir, ou não, com a ideia do projecto, em função da sua rendibilidade
previsional.
Os elementos já obtidos são os seguintes:
1. O empresário não está disposto a investir no projecto com um custo de
oportunidade do capital inferior a 12%;
2. o aproveitamento em lingotes de alumínio resultará em cerca de 80% da sucata
utilizada (valores em tonelagem);
3. o processo metalúrgico pensado e o equipamento em via de selecção
conduzem a uma vida útil para o projecto de 12 anos;
4. as consultas efectuadas relativamente às quantidades de matérias primas
disponíveis (sucata de alumínio) apontam para possibilidades de
aprovisionamen
to regular – ao longo da vida útil do projecto – entre um
mínimo de 200 ton./ mês e um máximo de 300 ton./ mês, sendo toda a
produção vendável;
5. os preços de compra da sucata de alumínio ficarão, à porta de fábrica, entre um
mínimo de 100 e um máximo de 130 a tonelada.
6. os preços de venda dos lingotes de alumínio à saída de fábrica estimam-se entre
um mínimo de 170 e um máximo de 200 a tonelada;
7. os equipamentos considerados necessários e restantes investimentos
considerados necessários ao funcionamento da fábrica são os seguintes:
a. compra de terrenos: 30.000
b. material de transporte: 100.000
c. equipamentos e peças sobressalentes: 250.000
d. edifícios e construções: 50.000
e. despesas com estudos, projectos, constituição e arranque da empresa e
formação: 10.000 (com a seguinte calendarização):
i. 1997 – 2.000
ii. 1998 – 4.000
iii. 1999 – 4.000
8. pretende contrair empréstimos para financiar o empreendimento que
acarretarão os seguintes custos financeiros:
i. ano 0 – 6.000
ii. ano 1 – 10.000
iii. ano 2 – 18.000
iv. na fase de exploração, que se iniciará ao 4º ano (o chamado ano
cruzeiro), estima ter de pagar juros de 25.000 anuais até final da
vida útil do projecto;
9. para uma actividade normal do projecto, estima que necessitará dos seguintes
stocks anuais, iguais, durante a sua vida útil:
a. stock médio de matérias primas: 500 ton.
b. Stock médio de matérias subsidiárias: 2.000
c. Stock médio de produtos em curso de fabrico: 5.000
d. Stock médio de produtos acabados: 40.000
e. Montante médio de créditos sobre clientes: 50.000
f. Disponível em caixa e bancos: 20.000
g. Montante médio de débitos a fornecedores: 10.000
10. taxa de imposto sobre lucros: 35%
11. custos estimados para o primeiro ano de laboração normal:
a. fornecimentos e serviços de terceiros: 10.000
b. despesas com pessoal: 50.000
c. outras despesas e encargos: 10.000
d. custos das vendas, sem incluir os custos de sucata a transformar (MP):
30.000
12. para efeitos da determinação das amortizações e reintegrações admite-se:
a. duração dos edifícios: 25 anos
b. duração dos equipamentos: 12 anos
c. duração dos investimentos incorpóreos e diversos: 3 anos
13. outras informações
a. considera-se que o investimento em fundo de maneio será
sensivelmente igual durante o período de vida útil do projecto;
b. supõe-se 2000 como sendo o primeiro ano de laboração normal;
c. não se consideram distribuições de resultados;
d. os valores são apresentados a preços constantes de 1997;
e. o valor residual estimado de terrenos, edifícios, equipamentos e fundo
de maneio é de 140.000;
f. a vida útil do projecto estimada é de 12 anos, começando o
investimento em 1997 com a compra do terreno e as construções são
começadas e acabadas em 1998;
Nestas condições, estudar a viabilidade financeira do projecto, designadamente
calculando o respectivo VLA e TIR do mesmo.
Estou disposto a gratificar pela resolução do mesmo